quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A consciência está nos olhos

Doem-me os olhos. Parecem não querer obedecer aos meus desejos, abrem e fecham quando querem, qual meninos rebeldes. Depois cedem e adormecem. E quando se abrem de novo,  já só querem voltar a ceder. Então eu sufoco-os na almofada, e dou por eles felizes por não terem de ver o mundo, por terem apenas o escuro do nada que desejavam ter feito. Mas depois eles abrem-se, e doem, e pesam, e ficam vermelhos e fixam pontos no horizonte das paredes.
Por isso, a consciência só pode estar nos olhos.

7 comentários:

  1. Eu perguntei porque, de alguma forma, me via tão bem no que escreveste...
    Sim, um dia tudo fica :D espero que esse dia te chegue rápido :)

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  2. Pois, eles se nos substituem é porque não os merecemos nem eles a nós.
    Felizmente eu tenho a minha bem presente, quem me substituiu foi ele e foi pela miúda que ele gosta :s até compreendo porque ele não é correspondido, mas fogo, custa sentirmo-nos assim :x

    PS: adoro as imagens que estão de lado (;

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  3. Sim, claro! Se precisares de falar, não hesites :)

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  4. momento parvo e simultaneamente filosófico carregado de razão, sim...

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  5. Adorei o texto e o blog.
    Já vou seguir, segues o meu tambem ? (:

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  6. adorei este texto e o blog, escreves tão bem!
    estou a seguir, beijinho :)

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