sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Até um dia no nosso abraço, quente.

Sinto-me a percorrer a tua cidade, caminhando lentamente pelas tuas ruas iluminadas. E é assim que olho o reflexo da ponte sobre o rio. Imóvel. Como se tu estivesses a meu lado e me abraçasses, quente. Sorrio. Sem porquês, sorrio. Enquanto sinto a ilusão acalmar-me os medos. Enquanto tu segues junto ao mar e ignoras os rios. Como se o caminho dos sonhos não importasse. Como se só a chegada importasse. Como se não fosse o percurso a tatuar-nos a alma.  E olhando o mar vês o nosso reflexo no rasto da lua. E deixas-te ir... até que vemos o mesmo, só não o vemos no mesmo lugar. Até que sentimos os corações sufocados e abraçamos o aconchego da memória e da esperança. Fechamos os olhos, abrimos os olhos e sorrimos -  sim eu sei que tu também fechas os olhos, que também os abres e que também sorris. Sem porquês.

Até um dia no nosso abraço, quente.

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